29.6.11

ALMA - Deixar de consumir carnes e lacticínios para proteger o planeta

Uma das coisas mais importantes que podemos fazer hoje para reduzir nossa pegada global de carbono é cortar nosso consumo de carne, couro e lacticínios.

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De acordo com o relatório "Livestock's Long Shadow", publicado pela FAO (United Nations Food and Agriculture Organization), a pecuária é responsável por 18% de toda nossa emissão de gases do efeito estufa (GEE). Dessa forma, a pecuária é uma das principais responsáveis pela degradação ambiental em todo o mundo. Além disso, ela é seriamente responsável pelas poluições do ar e água, desmatamento, degradação do solo, perda de biodiversidade e pelas mudanças climáticas globais.

As emissões de gases de efeito de estufa a partir da produção de carne são particularmente elevadas: comer um quilo de carne equivale às emissões de GEE emitidas ao voar 100 km em jato, por passageiro.
A força motriz por trás da destruição da Floresta Amazônica é a criação de áreas de pastagem para gado. Entre 2000 e 2007, a Amazônia brasileira foi desmatada a uma taxa média de 20.000 km2 por ano. Uma pesquisa do Greenpeace, baseada em dados do governo brasileiro, mostra que a criação de pastagens é responsável por 80% do desmatamento da Amazônia brasileira; enquanto a agricultura, mineração e infraestrutura são responsáveis pela maior parte dos 20% restantes.

Com mais de 191 milhões de vacas, o Brasil tem o maior rebanho bovino comercial do mundo. O país tem sido o maior exportador mundial de carne desde 2003. Os principais consumidores de carne bovina brasileira são: o Reino Unido, Holanda, Chile, Estados Unidos, Rússia e outros 120 países. O total de abates brasileiros é estimado em cerca de 38 milhões de vacas por ano, mais de 100.000 vacas por dia, assim produzindo o mesmo número de peles (couros).

O Brasil é hoje o maior produtor mundial e exportador de couro cru. Os principais importadores são China e Itália, mas também os Estados Unidos, Hong-Kong, Alemanha, Vietnã, México, Coréia, Indonésia, Holanda e Tailândia. O trabalho barato nos países em desenvolvimento permite altos lucros quando se transforma couros em produtos como sapatos, botas, bolsas, casacos, sofás, assentos de carro, etc..., vendendo-os a um preço alto nos países ricos.

Depois da pecuária, a plantação de soja é a principal força da destruição da Amazônia. O Brasil é agora o segundo maior produtor mundial de soja, (os Estados Unidos sendo o primeiro), assim proporcionando mais de 30 por cento da soja do mundo. Os principais importadores da soja do Brasil são a China, a União Européia, o Japão e o México. Esta soja é essencialmente utilizada para alimentação do gado, pois é rica em proteína. Galinhas, porcos, vacas e a piscicultura na Europa e China são alimentados com soja brasileira.

A demanda internacional por madeira e produtos de madeira também desempenha um grande papel na destruição da floresta. De acordo com o WWF, 80% do desmatamento na Amazônia é ilegal. A corrupção generalizada tornou-se uma intrincada parte da exploração madeireira ilegal com relatos abundantes de violência ao longo da cadeia.

A ganância e o consumismo estão transformando a Amazônia em um lugar triste e mortal. Não é só a floresta que está sendo retirada, agora a região é também o palco de um genocídio diário de vacas. Além disso, campos cada vez mais vastos de soja estão sendo plantados, para que mais animais ainda possam ser alimentados e abatidos em todo o mundo para o nosso consumo.

As florestas tropicais são essenciais à regulação do clima e ao sequestro de carbono atmosférico, então é fundamental para nossa sobrevivência e para a sobreivivência de todas as formas de vida deixarmos as floretas em paz.

Para saber mais, faça o download do relatório: "Slaughtering the Amazon"

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Você também pode fazer o download do "guia da boa madeira", do Greenpeace: "Goodwood guide"
ALMA disponível para download gratuito e livre de direitos autorais para todas as exibições públicas. Para encomendar um DVD, por favor escreva para: patrick@almathefilm.com